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Primeira resenha do novo disco da banda Seventh Seal feita por João Messias jr!!!


Em muitos casos, compensa mais esperar que uma banda demore anos para lançar um novo trabalho, que os grupos ficarem acompanhando tendências e lançando trabalhos fracos e previsíveis. Tive essa sensação ao ouvir o novo trabalho do quinteto paulista Seventh Seal. Após mais de 2 mil dias do lançamento do disco anterior, Days of Insanity, os caras lançaram um álbum que tem tudo para agradar até os mais exigentes fãs do estilo.

Com a variedade do debut, Premonition e a gana de Days of Insanity, os caras mostram que é possível surpreender. Ao começar da produção, feita pela própria banda no Norcal Studios, que é equilibrada, deixando todos os instrumentos no mesmo plano, sem egos e vaidades. Essa atitude faz com que o fã saia ganhando, pois consegue ouvir o trabalho por completo.

Vamos falar um pouquinho das faixas. O disquinho começa com Beyond the Sun, conhecida da galera por ser o primeiro single do trabalho. O som é intrincado, denso , forte e mostra de cara que a banda não está para brincadeira. Back to the Game é aquela típica canção que deve ser levada aos palcos. Pois contém energia, solos dobrados e muito groove.

Os sons citados acima sintetizam uma coisa: o atual line-up, que conta com Roberto Moratti (bateria), Victor Próspero (baixo), Tiago Claro e Thiago Oliveira (guitarras) e Leandro Caçoilo (voz) é o mais forte de toda a história da banda e que tem tudo para conquistar novos territórios. Aliás, o registro conta com a melhor performance da carreira do cantor.

Voltando às canções, Souless Reality é pesada e possui um andamento veloz da bateria e riffs instigantes, com um refrão mais lento (ou seria aterrorizante?). Já Sleepless mostra  toda a sensibilidade da banda. Começa acústica (comdedilhados que nos remetem ao flamenco) e segue uma linha maisprogressiva, partes orquestrasdas e solos que agradarão os fãs de hardrock. Aí Vitão, olha um som pra tocar no On Stage (risos)!

Outras que se destacam são Mechanical Souls começa com um dueto poderoso de guitarra + bateria e cresce durante a audição, privilegiando o peso. Virtual Ego tem um dedilhado que lembra os grupos da Bay Area, mas descamba para o hard rock, com uns riffs pesados e modernos com ótimos solos.

Dark Chant encerra o trabalho de forma agressiva com backing vocals que beiram o black metal de grupos como Dimmu Borgir e é outra que merece ir para os palcos.

Além das faixas e performance dos músicos, o que chama a atenção são os detalhes existentes nas músicas, que vão desde orquestrações a enxertos eletrônicos e levarão ao delírio pessoas que adoram ouvir discos com fones de ouvido.  Para esses fãs mais aficionados, digo que serão necessárias algumas audições para perceberem todas as texturas.

Não estou dizendo isso por politicagem ou por ser amigo dos caras, mas Mechanical Souls é um disco que vale muito a pena conhecer. E muito!

João Messias jr.